“Final de semana comentei com o Rodolpho:
– Pô velho, a vida deu uma estagnada!
Nada incomum. É a vida. Prove a felicidade. Enfim, na segunda, dia dezessete de setembro, às dezessete horas da tarde recebo uma ligação. Estamos sendo despejados. Eis que surge a Roda Viva. Nesta, por incrível que pareça, fiquei feliz. Sim, estou lendo clube da luta, e é aquele negócio: você não é a calça caqui que você veste, nem o dinheiro que tem na carteira, você é feito da mesma matéria em decomposição do mundo. Decomposição, por sinal, que palavra bacana. Me lembra pintura. Dissolver. Meu amigos ficaram preocupados, e haja celularzinho com créditos. Eu geralmente ando sem. Meu estilo punk de ser. Faz 6 meses que minha botina estilo Eddie Vedder tá furada.
– Você não vai trocar isto não?
Ame frutas. Nada mudou. É apenas um momento. E como o próprio livro me disse. Um momento é tudo que você pode esperar de algo perfeito. E tudo bem! Vale a pena lutar por este momento. Tá certo, o mundo não é lá essas coisas. Não como eu gostaria, mas finalizando com Voltaire, ou algo parecido com o que o próprio Rodolpho canta: “Devemos cultivar nosso jardim”